A maternidade de Contagem encerrou o ano de 2017 como a maternidade que mais fez partos com recursos 100% SUS entre os prestadores de procedimentos em obstetrícia em Minas Gerais. E quando são considerados todos os prestadores SUS de Minas Gerais, que além dos recursos do SUS contam também com verba oriunda de filantropia, a maternidade de Contagem figura em terceiro lugar no estado.
Ao longo do ano de 2017, foram feitos 4.042 partos no Centro Materno Infantil (CMI) Juventina Paula de Jesus, 801 partos a mais do que no ano de 2016, quando 3.241 partos foram feitos. Esse aumento ocorre em um contexto no qual maternidades públicas são ameaçadas de fechamento e leitos de internação em pediatria clínica são desativados em todo o país. Somente no ano passado, cerca de R$ 4 milhões foram investidos em todo o Complexo Hospitalar, que engloba o CMI e o Hospital Municipal.
E novos contagenses não param de chegar ao mundo. No dia 1º de fevereiro, foi a vez de os gêmeos Taylor e Enzo nascerem. A mãe dos garotos, Ana Maria Pio, mora em Ribeirão das Neves e é mais uma moradora da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) que vem a Contagem para ter seu bebê. “A maternidade de Neves não está funcionando, e mesmo se estivesse eu viria para cá”, afirma a mãe.
Já no dia seis de fevereiro, foi a vez da estreia na vida fora do útero de Giovana, que nasceu de parto normal. A mãe, Tatiana Silva Santos Costa, moradora de Contagem, também aprovou os serviços ofertados na maternidade: “Achei a experiência ótima”, diz.
[caption id="attachment_1554" align="alignnone" width="300"] Ana Maria optou por ter os gêmeos em Contagem[/caption]
De acordo com o secretário Municipal de Saúde, Bruno Diniz, Contagem fechou o ano como a maior maternidade municipal do estado. “Hoje, após um ano de investimento e muita gestão, o serviço voltou a contar com a credibilidade da população. Quando chegam na maternidade de Contagem as gestantes são atendidas aqui mesmo no município, em vez de serem transferidas para outros municípios. E, para além disso, estamos absorvendo demanda de municípios vizinhos, mesmo aqueles que não fazem parte da microrregião de saúde. Hoje, oferecemos à população um alto nível técnico e operacional e nos equiparamos aos serviços privados em saúde da mulher e da criança”, afirma Bruno.
Mais tranquilidade
A gestora do CMI, Cristiane Rosalina Oliveira Pereira, comenta também sobre o impacto das ações de gestão e investimentos que contribuíram para o aumento expressivo na quantidade de partos na confiança das pessoas nos serviços prestados na maternidade. “Hoje a população pode ter a tranquilidade de saber que existe um CMI funcionando no município e que não só a gestante poderá contar com assistência de qualidade no parto e puerpério na maternidade, mas também o bebê”, ressalta a gestora.
Em agosto de 2017, o terceiro andar do Centro Materno Infantil, que se encontrava fechado desde a inauguração da maternidade, ocorrida em 2016, foi finalmente aberto e passou a integrar os Cuidados Progressivos Neonatais ofertados no Complexo Hospitalar que antes funcionavam em diferentes ambiências, inclusive nas instalações do Hospital Municipal. Agora, o terceiro andar do CMI abriga o Centro de Terapia Intensiva (CTI) Neonatal, a Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) Neonatal Canguru e a pediatria do Complexo Hospitalar. A pediatria, por sua vez, engloba a UCI Pediátrica e leitos de enfermaria, para atendimento de crianças com até 13 anos.
Cristiane Rosalina acrescenta também que o aumento expressivo do número de partos em 2017 é parte do envolvimento de várias frentes de atuação. “Quando assumimos a gestão, verificamos que o prédio não era funcional e estava só aparentemente pronto. Foram necessárias várias reformas em vários sistemas, como o elétrico e o de gases medicinais, e também no elevador e em vários equipamentos. Foram feitas ainda várias modificações em termos de recursos humanos, com o estabelecimento de processos, escalas de trabalho e o diálogo permanente com os profissionais que aqui trabalham. Investimos e conduzimos mudanças para que o CMI pudesse prestar serviços com segurança para todos”, conclui Cristiane.