A Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação, inicia mais uma etapa do projeto “Agora a Casa é Minha”, que visa regularizar o registro de imóveis de pessoas retiradas de vilas e também inseridas em programas habitacionais. A proposta é confeccionar a escritura de 128 apartamentos que compõem o Conjunto Habitacional Parque Maracanã, no bairro Linda Vista.
O empreendimento, de oito blocos, foi construído com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em parceria com a Prefeitura de Contagem e entregue à população em 2012. Seis anos se passaram e os moradores ainda não receberam o registro dos imóveis.
Na noite dessa terça-feira (9) a atual gestão reuniu os moradores do Conjunto Parque Maracanã para iniciar o processo de legalização dos imóveis. Após o cadastramento das famílias, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação irá visitar os apartamentos e recolher os documentos necessários para a regularização do registro.
A notícia foi recebida com festa pelos moradores do Conjunto. A consultora de vendas, Maria du Carmo Silva, esperava ansiosa pelo início do processo. “Antes de ter o apartamento morava de aluguel e fui obrigada a ir para a Vila. Lá, sempre sonhei ter a casa própria. Pegar a chave do Conjunto foi a realização de um sonho, mas como não recebi escritura sentia que esse sonho estava incompleto. Eu ficava incomodada. Agora com o início de regularização posso dizer que minha conquista está próxima de ser finalizada. A escritura é garantia que a casa é minha”, comemorou.
O programa “Agora a Casa é Minha” já regularizou o registro de 1.200 residências nos bairros Confisco, Estrela Dalva e São Mateus. Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Ivayr Soalheiro, todos os imóveis de Conjuntos Habitacionais, construídos para abrigar moradores retirados de áreas de risco, feitos pelo poder público em gestões passadas, não possuíam documentação. O programa “Agora a Casa é Minha” deve beneficiar todas essas famílias. Pelo levantamento da Secretaria, 1.072 unidades habitacionais estão sem o registro. “A regularidade fundiária garante dignidade e respeito às famílias. Sem o registro não há pertencimento. Nosso trabalho é fazer com que essas famílias tenham garantias e de fato sejam donas do empreendimento”, finalizou.