Fechando a programação da 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, foi exibido, traduzido em libras (língua brasileira de sinais) e comentado, na última sexta-feira (21), o filme Henfil, na Associação dos Surdos de Contagem.
A 12ª Mostra teve início em Contagem no dia 6 de dezembro e foi promovida pela Produtora Pimenta Filmes de BH, com a parceria das secretarias municipais de Cultura, Esporte e Juventude (Secej) e de Direitos Humanos e Cidadania com o patrocínio do Ministério de Direitos Humanos.
Antes de iniciar a sessão na Associação de Surdos, o superintendente de Direitos Humanos, Marco Antônio Diniz, cumprimentou a todos em nome do titular desta pasta, Marcelo Lino, e reafirmou o compromisso da gestão Alex de Freitas com os direitos humanos e com a inclusão social.
Durante o debate, após a exibição, o presidente da Associação de Surdos, Deisson Andrade, elogiou a iniciativa da Prefeitura e dos parceiros explicando que as legendas não são suficientes para a compreensão do filme, “pois, muitas vezes, a pessoa surda não tem conhecimento de todas as palavras e que, mesmo recorrendo ao contexto, ainda ficam sem compreender partes do filme. Mas, com a tradução para Libras tudo fica mais fácil, o filme fica interessante e prende a nossa atenção" disse ele.
Ciente do tradicional encontro dos associados às sextas-feiras, a assessora de audiovisual da Secej, Mônica Alves, propôs sessões mensais do Cineclube Contagem com filmes em libras, uma sugestão bem acatada por todos.
“Sabemos que a inclusão ampla ainda é uma meta a ser perseguida, mas já avançamos bastante. Certamente, a sessão do dia 21 está sendo o marco de uma nova relação da comunidade surda com o cinema na nossa cidade”, avaliou Mônica.
“Henfil”
O documentário Henfil, dirigido por Ângela Zoé, registra uma proposta curiosa feita a uma turma de jovens animadores: tentar trazer para a atualidade as obras do cartunista, jornalista e ativista brasileiro Henrique de Souza Filho, o Henfil. Além desse processo, o filme traz depoimentos de amigos e revelações sobre como o artista hemofílico lidava com sua doença e utilizava seus desenhos como instrumento de luta contra a censura política de sua época.
A 12ª Mostra Cinema e Direitos Humanos ainda levou sessões comentadas a pacientes do Centro de Atenção Psico Social, ligado à Secretaria Municipal de Saúde; aos pacientes do Centro de Convivência Teia; aos participantes do Centro de Referência do Idoso e para crianças da Escola M. José de Alencar.