A prefeita de Contagem, Marília Campos, junto com outros prefeitos de cem cidades brasileiras, participou nesta segunda-feira (9/1), de reunião extraordinária da Frente Nacional de Prefeitos - FNP para exigir uma investigação e punição rigorosa dos participantes, financiadores e incentivadores dos ataques, de domingo (8/1), ao Estado Democrático de Direito.
Um documento, que reflete o posicionamento dos governantes, independente de filiação partidária, foi aprovado pela Frente Nacional de Prefeitos - FNP contra os atos terroristas nas sedes dos Três Poderes da República, em Brasília/DF.
Segundo Marília Campos, que é vice-presidenta da área de Políticas Sociais da Frente Nacional de Prefeitos e membra do Conselho Fiscal do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras - Conectar, as manifestações democráticas não podem ser confundidas com o que houve em Brasília. “O que aconteceu em Brasília não foi uma manifestação. Foi um atentado à democracia, um atentado à nossa Constituição, porque hoje a disputa que se faz na internet é uma tentativa de desrespeitar o resultado das eleições, criando uma instabilidade política em nosso país”.
A prefeita destacou sobre a importância de denunciar não apenas aqueles que financiam esse atentado à democracia, mas também aqueles que apoiam. "Estes atos terroristas, se nós não tomarmos decisões que não sejam rígidas, ativas, de defender a democracia, eles continuarão”, frisou.
Fonte: Frente Nacional de Prefeitos
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NOTA DA FNP SOBRE ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS E TERRORISTAS
Deliberação de prefeitas e prefeitos das capitais, médias e grandes cidades do país, independentemente de filiação partidária e posicionamento eleitoral, sobre os gravíssimos acontecimentos ocorridos em Brasília no domingo (8/1).
Os lamentáveis e deploráveis atentados contra as sedes dos Três Poderes da República, nunca antes registrados no país, atacam não somente os prédios públicos tombados da capital, mas, de forma inadmissível e criminosa, a democracia. Prefeitas e prefeitos exigem investigação e punição rigorosa dos participantes, financiadores e incentivadores, sejam eles detentores, ou não, de mandatos eletivos e seja por ação ou por omissão. Ao repudiar com veemência as depredações e invasões, os governantes locais reafirmam a permanente disposição em atuar e colaborar pela manutenção da ordem nos seus municípios.
O momento econômico e social exige que os debates e esforços dos governantes, parlamentares, gestores e do Poder Judiciário, estejam em avançar nas políticas públicas voltadas para a qualidade de vida da população. Isso, ao invés de se ocupar em recuperar instalações prediais, bens públicos e artísticos, patrimônios de todos os brasileiros, ou planejar o enfrentamento a atos terroristas. Inquestionavelmente um lamentável desperdício de tempo, energia e de recursos públicos.
Prefeitas e prefeitos, eleitos pelo legítimo voto direto, reafirmam que o resultado eleitoral deve ser respeitado como vontade suprema da Nação e que se devem repudiar esse atos antidemocráticos, os mais graves desde a Constituição de 1988, com rigor. Salientam, ainda, que estão comprometidos com o Estado Democrático de Direito e com a construção de um país socialmente justo, sustentável e de oportunidades para o povo brasileiro. Por isso, como governantes dos entes federados onde todos os sonhos, sofrimentos, protestos e vitórias acontecem, estão prontos e aptos a contribuir para a pactuação pela pacificação do país.
Brasília, 09 de janeiro de 2023.
Frente Nacional de Prefeitos
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