Dando sequência a ampliação dos pontos de distribuição das cozinhas comunitárias e de contribuir para que pessoas em situação de vulnerabilidade social tenham comida na mesa, a Prefeitura de Contagem, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Segurança Alimentar, inaugurou na quinta-feira (23/3), o sexto ponto de distribuição da Cozinha Comunitária, na região do Industrial. Dessa vez o local é a Escola Municipal Dona Gabriela Leite Araújo, onde também inaugurou a Unidade Produtiva Vila da Paz. Em 2023, a Prefeitura de Contagem destinará cerca de R$11 milhões para os restaurantes populares e cozinhas comunitárias.
A nova unidade vai oferecer 150 refeições por dia para 42 famílias em vulnerabilidade social. Com a sexta unidade, as cozinhas comunitárias passam a atender diariamente cerca de 1.400 mil pessoas nas regiões de Vargem das Flores, do Nacional, da Ressaca e do Industrial.
As cozinhas comunitárias fazem parte da Política Municipal de Segurança Alimentar Nutricional e Agroecologia de Contagem, sendo 100% custeadas pelo município. Elas garantem o acesso a refeições saudáveis e adequadas para aqueles que estão em situação de insegurança alimentar, previamente cadastradas pelos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). Além disso, elas desenvolvem atividades de inclusão social produtiva, educação alimentar e nutricional, fortalecendo as ações integradas do município.
“A Prefeitura tem de garantir a alimentação como um direito, como uma política pública, de forma permanente e, por isso, mantemos não só os restaurantes populares com recurso próprio, mas as cozinhas comunitárias também. Incluindo esse de hoje, estamos com seis pontos de distribuição e vamos ampliar para o sétimo”, falou a prefeita de Contagem, Marília Campos, durante a solenidade de inauguração da cozinha comunitária, quando fez a entrega da primeira marmita.
Homenageada pelos alunos do quinto ano, Marília Campos destacou a importância da horta comunitária que será implantada no terreno disponível com o apoio da escola e da comunidade. Ela sugeriu que não só as crianças abracem o plantio, mas que todos ajudem e participem da manutenção da horta. “É muito importante uma política de segurança alimentar. Hoje, vocês saem com o almoço e da horta pode sair o jantar. O que será produzido, também poderá ser distribuído para as famílias levarem o alimento para casa. Esse é o nosso compromisso: a extensão do programa e das políticas públicas para toda nossa cidade”.
A secretária de Desenvolvimento Social, Trabalho e Segurança Alimentar, Daniella Tiffany, informou sobre a importância e intensidade do trabalho. “Nesse ponto de distribuição temos famílias que terão o direito à alimentação saudável, não só o almoço que chega, mais o cuidado e a proteção social. Esse processo de formação e cidadania é fundamental para que possamos reconhecer como direito e que esse território, seja cada vez mais um território de direito e paz, um território de vida com a criação da horta comunitária. São ações integradas com a Assistência Social, Educação e Saúde que fazem a promoção do direito, paz e vida”.
Idosa e diabética, a dona de casa Gláucia Albuquerque, é mais uma beneficiária do programa. “Hoje não consigo manter uma alimentação de qualidade, pois com o alto custo dos alimentos o dinheiro não é o suficiente. Eu recebo o “Bolsa Família” que me ajuda a me manter e o almoço aqui me ajuda muito a ter uma melhor qualidade de vida, a cuidar de minha saúde. Fico agradecida por receber mais essa importante ajuda”.
Visita a Unidade Produtiva Vila da Paz
Na ocasião, a prefeita Marília Campos também inaugurou a Unidade Produtiva Vila da Paz instalada no terreno da escola com o plantio das primeiras mudas de peixinho e almeirão roxo acompanhada dos alunos.
A horta comunitária foi construída nos fundos da Escola Municipal Dona Gabriela Leite Araújo e terá a parceria e orientação do Centro Municipal de Agricultura Urbana e Familiar (CMAUF).
A subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Cida Miranda, explica que no terreno já tem muitas árvores frutíferas plantadas. “Vamos colaborar com esse trabalho e construir uma unidade produtiva, ampliando para a horta institucional e comunitária, buscando o envolvimento de professores, alunos e pessoas da comunidade. Essa produção pode ser destinada ao autoconsumo das famílias e tendo excedente, gerar renda com a comercialização. A intenção é desenvolver essa ação com os pais dos alunos da escola e com as famílias da cozinha comunitária para sustentarem a horta, seguindo as orientações técnicas e organizativas da prefeitura por meio do CMAUF”.